sábado, 13 de fevereiro de 2016

100 anos da Teoria de Lewis é foco de debate na 39ª Reunião Anual da SBQ

Teoria que explica ligações químicas por compartilhamento de elétrons será tema de sessão temática que reunirá físicos e químicos

Há 100 anos o norte-americano Gilbert Newton Lewis publicava o mais importante de seus artigos, em que descrevia uma única ligação por dois cubos compartilhando um vértice, ou, de forma mais simples, por pontos duplos, que se tornaram conhecidos como estrutura de pontos de Lewis. Seu modelo, embora com limitações, é um marco na história da Química, e será debatido em sessão temática na 39ª. Reunião Anual da SBQ, que será realizada de 30 de maio a 2 de junho, em Goiânia. 

"Lewis resumiu quatro mil anos de química nessa teoria. Ele trouxe o elétron para as pesquisas químicas", afirma o professor Pierre Mothé Esteves (UFRJ), coordenador da sessão. O debate reunirá os físicos Sylvio Canuto (IF-USP) e Oscar Loureiro Malta (UFPE), além do químico Marco Antônio Chaer do Nascimento (UFRJ). "A ideia da sessão é fazer um brainstorm sobre o que é a ligação química. É uma área do conhecimento que não está esgotada e provavelmente nas próximas décadas terá uma nova revolução", opina Mothé Esteves.



Chaer, da UFRJ: "Pretendo falar sobre as motivações e ideias iniciais de Lewis sobre a ligação química, o papel de Langmuir na propagação da teoria de Lewis, sua influência no desenvolvimento do modelo quanto-mecânico (valence-bond) por Pauling e, finalmente, sobre os trabalhos recentes do meu grupo, relativos à natureza da ligação química"



Sylvio Canuto, do IF-USP: "Probing Lewis acid-basis interaction with Born-Oppenheimer molecular dynamics"


Oscar Loureiro Malta, da UFPE: "Classificando a Ligação Química em termos da Polarizabilidade da Região de Recobrimento"

Lewis nasceu em 1875, em Massachusetts, filho de um advogado e uma dona de casa. Foi educado em casa e alfabetizado aos três anos. Ainda criança mudou-se com a família para o Nebraska, onde iniciou os estudos superiores. Terminou seu bacharelado em Harvard em 1893. Foi nessa mesma universidade que concluiu mestrado e doutorado, ainda no século 19. Esteve na Alemanha (Gottingen e Leipzig) na virada do século, trabalhou nas Filipinas e voltou para lecionar. Era professor titular no Massachesetts Intitute of Technology quando, em 1912, aceitou dirigir o Departamento de Química da Universidade da California, Berkeley. 

"Naquele tempo Berkeley era no meio do mato. Lewis morava lá e deu uma grande contribuição ao Departamento de Química, que modernizou-se sob sua gestão", conta Mothé Esteves. Lewis serviu na Primeira Guerra Mundial em solo francês e apenas quando voltou publicou seu principal trabalho. Morreu em seu laboratório em 1946, por envenenamento, em circunstâncias não plenamente claras. "Ele pode ter se suicidado por conta de desgostos na carreira. Há quem acredite que a fatalidade se deva a um acidente de laboratório", conta Mothé Esteves. 

Ele descreve Lewis como "talvez o último dos químicos antigos, um obstinado pela ciência, muito elegante em suas pesquisas e textos, mas de gênio rebelde. Influenciou Pauling, que frequentava sua casa, debateu com Einstein, deixou muitas contribuições". Lewis foi indicado ao Nobel mais de uma vez, mas nunca conquistou o prêmio. 

"A teoria de Lewis teve profunda influência na parte do meu trabalho relacionada à natureza da ligação química. Isto porque, constatada suas limitações, passei a procurar alternativas para o entendimento da ligação química", afirma o Professor Marco Antônio Chaer do Nascimento, um dos participantes da sessão temática, bisneto acadêmico de Lewis. "Creio ser de extrema importância mostrar para as novas gerações como ideias, aparentemente simples, podem provocar um enorme desenvolvimento da ciência. Entretanto, a Sessão Temática será também importante para mostrar que a evolução da ciência força uma constante reavaliação das ideias e dos modelos por elas gerados e, sem deixar de reconhecer seu valor histórico, apresentar uma visão atual do conceito de ligação química", observa Chaer.

Fonte: SBQ

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cientista tem que ter apetite!

     Vejo cada vez mais alunos que parecem totalmente perdidos em seus estágios, mestrados ou doutorados. Alguns dão a impressão de estar sofrendo o tempo todo. Outros seguem a passos lentos, devagar, quase parando. O fato é que a ciência profissional é uma carreira para poucos, muito difícil e competitiva. Assim, para alertar pessoas que talvez estejam no caminho errado, antes que elas desperdicem mais tempo, energia e dinheiro, resolvi escrever sobre algo essencial para um “aspira” da ciência: o apetite.

     Como nos cursos de ciências naturais das universidades públicas (Biologia, Ecologia, Física, Química etc.) a maior parte dos exemplos de profissionais (role models) que os alunos têm são os próprios professores, muitos acabam achando que a carreira acadêmica é a única opção para alguém que se forma. Meu bróder, só na Biologia existem muitas outras possibilidades. Ninguém é obrigado a ser cientista! Somando a essa cisma o acesso pouco seletivo aos programas de pós-graduação que temos hoje em dia, com ingresso fácil demais nos piores cursos e bolsas garantidas para a maioria dos alunos nos melhores cursos, o resultado é um monte de gente na pós-graduação que não tem a menor vocação para estar ali. Não quer dizer que essas pessoas não seriam bons profissionais em outras carreiras: elas apenas estão vivendo a vida de outra pessoa.

     Não adianta querer dar uma de camarada e enganar os aspiras com falsas esperanças, como muitos colegas fazem. Beneficiar-se do conhecimento científico é para todos. Mas fazer ciência é para poucos. É preciso uma combinação rara de características pessoais para progredir na carreira acadêmica e se tornar um gerador de conhecimento profissional. No mínimo, você tem que ser curioso, inteligente, criativo, disciplinado e tenaz. E trabalhar realmente duro. Não estou dizendo que cientistas são pessoas especiais, os “escolhidos”, blablabla. Estou dizendo apenas que, em carreiras altamente especializadas, como a ciência, o alto sacerdócio ou a música de câmara, não basta ter apenas uma ou algumas das características consideradas necessárias: você tem que ter todas elas, receber treinamento adequado e ainda usar os seus dons de forma inteligente.

     Além disso, como nunca me canso de repetir, não há nenhuma outra razão para querer se tornar um cientista, além de ser obcecado por perguntas e ter uma fome de conhecimento insaciável. Não se iluda: após décadas de investimento na sua formação, sem garantia alguma e sob enorme pressão, se você arrumar mesmo um emprego estável na Academia, seja como professor ou pesquisador, a maior parte das recompensas que obterá será puramente intelectual e não financeira ou social. Praticamente ninguém fica rico ou famoso fazendo ciência, ainda mais no Brasil, onde professores, pesquisadores e intelectuais de um modo geral são vistos com pena, desprezo ou ódio.

     Assim, a motivação para trilhar o Caminho do Cientista (nerd-do, em japonês) deve vir de dentro de você mesmo, aspira. Um estudante acadêmico que precisa de elogios ou chicotadas o tempo todo certamente está tentando a carreira errada. Assim, #fikdik: preste atenção a alguns sinais reveladores. Aqui vou comentar sobre algumas barbaridades que tenho ouvido cada vez com mais frequência entre aspiras. Elas são sinais tão evidentes quanto uma baleia jubarte jogando fliperama no shopping. Se você se identificar com qualquer um desses sinais, search your feelings e repense as suas escolhas profissionais.

“Eu acho tão chato ter sempre uma pilha de artigos e livros para ler”

     Ai, tadinho… Sério, meu bróder? Está fazendo o que na universidade então? A universidade é (ou deveria ser) o templo do conhecimento, onde ler é um prazer, um vício, e nunca uma obrigação. Se você só quer saber de ler no “tábleti” e tem preguiça de abrir um livro grande, sem figuras, vá fazer qualquer outra coisa, menos ser pesquisador ou professor. Há inúmeras profissões por aí e muitas delas não requerem tanto esforço intelectual quanto na Academia. A sociedade precisa de um pequeno número de cientistas, mas de um grande número de profissionais liberais, técnicos e trabalhadores manuais bem treinados e bem remunerados. Todos os tipos de profissão são importantes. Se estudar para o resto da vida não é a sua praia, não tenha vergonha disso e parta para outro caminho. Só não dê murro em ponta de faca. Se você não tem apetite pela leitura, por que escolheu uma carreira onde esse é o principal pilar?

“Eu adoro fazer estágio no meu lab, mas ando tão sem tempo para as atividades que o meu orientador inventa”

     Que fofo! Você acha que a sua falta de tempo vai melhorar ao longo da carreira? Você acha que professores ficam de pernas ao ar, coçando o lattes, enquanto só os alunos, coitados, é que trabalham duro? Ao progredir em cada fase no Caminho do Cientista, mais complicadas as coisas ficarão. Se você achar a graduação pesada demais, certamente vai chorar no mestrado (a pós-graduação é o lugar onde a criança chora e a mãe não escuta…). Se você achar o mestrado pesado demais, certamente vai entrar em depressão no doutorado. Se, mesmo com esse mimimi todo, você conseguir entrar em um doutorado, mas achar esse curso pesado demais, provavelmente não vai conseguir uma vaga de postdoc e a sua carreira estará com os dias contados. O ponto é que, desde cedo, se você não entender que gerenciar bem o seu tempo é fundamental não só no trabalho, mas também na vida de um modo geral, então não vai chegar muito longe na Academia. Tempo livre não se pede, não se espera: se inventa na marra. Se você realmente ama a ciência e quer ser um profissional do conhecimento, então vai ter que dar um jeito de arrumar janelas de tempo para o seu estágio, mesmo que a carga de aulas da graduação seja massacrante no Brasil. Se não tem apetite pelo seu estágio, por que não vai fazer outra coisa?

“Meu orientador vive me enchendo o saco, perguntando se eu já fiz a análise X que ele recomendou. Poxa, ele precisa ficar perguntando a mesma coisa a cada seis meses?”

     Aspira que só funciona na base do controle remoto está na carreira errada. Ponto. Seu orientador sugeriu X para você fazer na tese? Então faça não apenas X, mas apresente a ele 3X na próxima reunião. Não é para impressioná-lo, mas sim porque você está apaixonado pelo seu projeto. Orientador não é babá. Orientador não é psicoterapeuta. Orientador não é confessor. Orientador serve para tirar dúvidas, apontar caminhos e ensinar habilidades essenciais. Uma vez que o seu orientador te abriu uma determinada porta, passar por ela e trilhar o caminho apontado cabe única e exclusivamente a você. A tal análise X que ele te pediu certamente é somente a ponta de um iceberg. Descubra o tamanho dessa montanha de gelo! Um bom aspira da ciência não precisa andar de mãos dadas: ele tem tanta iniciativa e curiosidade, que caminha sozinho, mesmo que tropece muitas vezes. Uma das principais coisas que separam quem tem vocação para cientista de quem não a tem é a disposição para trabalhar sempre um pouco mais. Se você mesmo não tem apetite pelo seu projeto, por que decidiu desenvolvê-lo?

“Estou até agora esperando o meu orientador me explicar uma parada Y. Enquanto eu não receber esse feedback, não saio do lugar”

     Opa, peraí! Qual de voces dois já tem o título acadêmico em questão (BSc, MSc, PhD etc.): você ou o seu orientador? Ah, ele, não é mesmo… Então a tese é sua, não dele. Logo, corra atrás! A vontade de responder a pergunta proposta no projeto deve vir de você. A iniciativa e a empolgação devem vir de você. É você quem deve ficar obcecado por montar o tal quebra-cabeças. É você quem deve correr atrás de aprender as habilidades e conhecimentos de que precisa. Não espere o seu orientador: estude, trabalhe, progrida. Conte com ele para ajudar a focar melhor sua energia. Mas nunca conte com ele para dar o próximo passo. Se você não tem apetite pelo caminho, por que trilhá-lo?

“Nossa, não cumpri uma obrigação Z exigida pelo meu PPG. Tudo bem, pois eles têm que ser compreensivos já que eu não tenho experiência, né?”

     Sério que eu preciso explicar isso para adultos? Na cultura brasileira somos tolerantes demais com vacilões. Deveríamos guardar a nossa compaixão para quem realmente a merece, não a desperdiçando com malandros. Não inverta os valores! Se você ingressou em um determinado programa de pós-graduação, automaticamente fica implícito que você aceitou seu estatuto, regimento, normas etc. Te deram um prazo para a qualificação? Cumpra-o! Te deram um prazo para a defesa da tese? Respeite-o! Estipularam uma qualidade mínima aceitável para uma tese ser aprovada? Supere-a! Ninguém tem que ser compreensivo: você é que tem que ser responsável e proativo. Quem tem bebê grande é elefante. Se você não tem apetite pelas tarefas inerentes a uma pós-graduação, por que cursá-la?


Conselho final

Foi você quem escolheu ser cientista, então mexa-se. Ninguém te deve nada.


Por Marco Armello
https://marcoarmello.wordpress.com

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Por que Nova York declarou guerra ao isopor

Nova York se juntou às cidades que declararam guerra contra as embalagens, pratos e copos de isopor, material que é tão atraente para os negócios quanto tóxico ao meio ambiente.

A partir desta quarta-feira, está proibido vender, oferecer ou possuir qualquer produto feito de isopor na metrópole americana. Empresas e comerciantes têm seis meses para se adaptar. Depois desse prazo, serão multadas.

"Produtos feitos de isopor causam um grande prejuízo ao meio ambiente e não há mais lugar para eles em Nova York", disse o prefeito da cidade, Bill de Blasio.

Mas por que o isopor está sob fogo cerrado? Aliás, de que exatamente é formado o material? Por que não é possível reciclá-lo? Confira alguns detalhes sobre um dos maiores inimigos dos ambientalistas.

O que é isopor?


Comercializado nos Estado Unidos com o nome de Styrofoam, o isopor foi inventado pelo cientista da empresa Dow Chemical Otis Ray McIntire em 1941.

Para fazê-lo, pequenas quantidades do polímero poliestireno são misturadas com produtos químicos para se expandiram 50 vezes do seu tamanho original.

Após o resfriamento, essa massa é então colocada em moldes - seja de um copo ou de uma embalagem - e passa por um novo processo para expandi-la ainda mais, até que o molde seja totalmente preenchido e as contas se fundirem.

O produto final é leve, barato - 95% de sua composição é ar. Suas propriedades isolantes e seu custo barato tornaram o isopor uma escolha atraente nos negócios.

Por que ele é tão prejudicial ao meio ambiente?

Há uma estimativa de que apenas nos Estados Unidos 25 bilhões de copos de café de isopor são jogados no lixo em um ano - para efeito de comparação, 100 bilhões de sacolas plásticas são descartadas anualmente.

Em 2006, por exemplo, 135 toneladas de produtos de isopor foram despejadas em lixões em Hong Kong - menos de 5% de todo o lixo plástico descartado no país.

Mas mesmo o isopor representando uma parcela pequena do lixo, ambientalistas afirmam que o problema ganha outras dimensões quando ele chega no mar.

Segundo Douglas McCauley, professor de biologia marinha da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, há dois problemas causados pelo isopor para os animais marinhos, um químico e o outro, mecânico.

"O mecânico é bem fácil de se ver. Encontramos espuma de isopor no intestino de animais - e isso pode ser letal", diz.

Já o aspecto químico tem a ver com a propriedade absorvente do material. "O isopor age como uma pequena esponja poluente, capturando todos os compostos que mais contaminam o oceano. E então um animal engole isso, pensando ser uma água-viva"

E isso não é perigoso apenas para os animais marinhos para o oceano como um todo. Pode também ser prejudicial para os humanos.

"É preocupante que um peixe que ingeriu tudo isso acabe nas nossas mesas", afirma.

Por que não é possível reciclá-lo?

A dificuldade em reciclar o material é uma das principais razões para Nova York banir o material.

Kathryn Garcia, responsável pelo sistema sanitário da cidade, afirmou: "Ninguém conseguiu até agora provar que seja possível reciclá-lo em larga escala, e tampouco há mercado para isso."

Devido ao processo químico usado em sua confecção, é quase impossível transformar, por exemplo, um prato de isopor em uma embalagem feita do mesmo material.

Há, no entanto, alguns métodos sendo testados, como reciclagem térmica. Mas sua viabilidade em termos de custo e logística de transporte ainda é um problema.

Quais as alternativas?

O McDonalds começou a deixar de usar embalagens de isopor nos anos 90 - e em 2013 abandonou totalmente o material, o substituindo por alternativas feitas com papel.

Já o Dunkin'Donuts agora faz seus copos com um composto mais fácil de ser reciclado, o polipropileno - um tipo de plástico bastante usado para embalagens para levar comida para casa. No entanto, o produto é mais caro que o isopor.

Astrid Portillo, dona do restaurante Mi Pequeno El Salvador, no bairro nova-iorquinho de Queens, disse ao jornal New York Daily: "Eu vou ter de aumentar os preços no meu cardápio com essa nova lei."

O prefeito de Blasio, no entanto, acredita que há meios para evitar aumentos como esse.

"Se mais cidades no país seguirem nosso exemplo e criarem vetos semelhantes, isso pode aumentar a demanda por esse produtos alternativos e baratear seus custo."

Fonte: UOL

Editais abertos para concursos em Universidades e Institutos Federais

Olá pessoal, caso você queira ficar por dentro de aberturas de editais para na área de química em Universidades ou Institutos Federais, acesse minha página no facebook para mais detalhes, clicando na imagem abaixo...

Valeu!

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Apesar da frequente proibição, Unesco recomenda o uso de celular em sala de aula


Tão recente quanto seu próprio aparecimento é a discussão, nas escolas, sobre como lidar com o uso cada vez mais intenso de smartphones em sala. Sem orientações formais por parte de órgãos públicos, o tema tem como pioneira no debate a Unesco que, em 2013, lançou o guia “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel”. No documento, a instituição estimula o acolhimento da tecnologia nas disciplinas que, entre outros benefícios, pode “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a não formal”.

— Não podemos mais ignorar o celular, ele está em todo lugar. Sou contra a proibição do uso, pois a regra acaba sendo burlada. Será que em vez de proibir, não é melhor acolhê-lo como ferramenta educativa? — questiona Maria Rebeca Otero Gomes, coordenadora do setor de Educação da Unesco no Brasil. — Já existem diversos aplicativos voltados para a educação especial, a alfabetização e o ensino da matemática, por exemplo. No Centro Educacional de Niterói, ainda não há consenso sobre quais regras devem ser seguidas. O professor Nelson Silva, de história, busca usar os smartphones como ferramenta de pesquisa em suas aulas.

— Normalmente, os alunos ficam mais estimulados em fazer pesquisas através do celular. Claro que, no meio, eles mandam uma ou outra mensagem, é inevitável. Mas já tentamos fugir da TV, do vídeo. Não dá para fugir do celular. O grande nó é saber como usá-lo em favor do aprendizado — afirma.

Para Priscila Gonsales, diretora do Instituto Educadigital, os professores devem se planejar para incluir os celulares no processo de ensino. 

— É preciso olhar com empatia para os alunos que estão usando seus aparelhos em classe e se perguntar: por que o celular está chamando mais a atenção deles do que a aula? — aponta Priscila, que se diz “super a favor” do uso de smartphones em sala. 

— O professor tem, com os celulares, um infinito de possibilidades. Ao trazê-los para a sala de aula, a escola pode instruir os alunos sobre temas importantes do comportamento cibernético, como o respeito à privacidade. No entanto, Maria Rebeca Gomes identifica entre os docentes descrença e falta de conhecimento dos aparelhos.

— As escolas devem auxiliá-los nesse processo, com diálogo e formação — afirma.

Fonte: O Globo

Tabela periódica interativa - TED-Ed

Pra você aluno ou professor que busca um material complementar para trabalhar com a tabela periódica, a ferramenta disponibilizada pela TED-Ed é uma ótima dica. 


Ao acessar o site, terá acesso à Tabela Periódica Interativa, com um vídeo para cada elemento que selecionar na tabela (em inglês). Para acessá-lo, clique aqui.

Bons estudos...

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aplicativo do Portal de Periódicos disponível para usuários

Usuários do Portal de Periódicos, das mais de 400 instituições participantes, poderão baixar o aplicativo da biblioteca virtual para acessar os conteúdos assinados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com editores internacionais. O app do Portal de Periódicos está disponível para IOS, android e outros sistemas operacionais, nas categorias Referência e Educação.

O aplicativo, desenvolvido em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), permite o acesso remoto via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe). É possível realizar buscas rápidas por assunto, periódico, base e livro, todos com a funcionalidade de autopreenchimento. O usuário ainda consegue navegar em websites referenciados pelos resultados de busca, além de ler e exportar os artigos em formato PDF.

O usuário acessa periódicos, referências bibliográficas com resumo, teses e dissertações, normas técnicas, livros, obras de referência, estatísticas, patentes, arquivos abertos e redes de e-prints. São inúmeras possibilidades de pesquisa dentro do universo científico oferecido de forma rápida e prática pelo aplicativo do Portal de Periódicos.


Portal de Periódicos da Capes


Criado em novembro de 2000 para democratizar o acesso a conteúdos científicos de alto nível produzido no mundo, o Portal de Periódicos oferece acesso a mais de 36.000 títulos com texto completo, 130 bases referenciais, 12 bases exclusivas para patentes e mais de 250.000 e-books. O portal ainda oferece conteúdo gratuito selecionado, como bases de livre acesso, periódicos nacionais com boa classificação no Programa Qualis-Capes, além dos resumos de teses e dissertações defendidas no país.

Clique aqui e baixe o aplicativo do Portal de Periódicos da Capes.